Preparem-se: Os Ativos de Alto Risco Estão a Chegar


Estamos a entrar em novembro, e a incerteza do mercado está em alta. Muitos países europeus estão a começar a decretar medidas de confinamento, como Espanha, o Reino Unido e França. Este é um cenário particularmente assustador de se ver, uma vez que todos sentimos os impactos da paralisação económica proveniente do primeiro confinamento. À beira de uma segunda quebra da economia, os investidores estão numa situação delicada no que toca a investir em 2021.

O principal ponto de discussão na maioria dos comités de investimento dos fundos passa pela possibilidade de esperar que os ativos se tornem de alto risco, ou ajustar a política investimento para ativos muito mais seguros. No entanto, o consenso geral na maioria dos fundos europeus é que ainda é muito cedo para investir nesse tipo de ativos oportunistas, já que estamos numa altura em que os ativos ainda não estão em total dificuldade, nem representam um valor acrescido considerável. Este meio-termo gerou muita “contenção” por parte dos fundos de investimento em todo o mundo.

Prédios

Fotografia por Samson no Unsplash

Por outro lado, um grande ceticismo tomou conta de várias classes de ativos, como a hospitalidade e os escritórios. Para o que antes era quase uma oportunidade garantida para gerar lucro, muitas empresas de investimento admitem que "agora, já ninguém fica entusiasmado com ativos de escritórios ou hotéis". Isto é de se esperar, no entanto, se perguntasse a alguém no ramo imobiliário que isto poderia vir a ser uma realidade possível - eles diriam que estava louco. No longo, mas quase inevitável caminho para se tornarem de alto risco, o mercado já percebeu que estes irão chegar a preços ridiculamente baixos nos próximos anos.

Agora, deverá optar por esperar ou investir com a incerteza atual? Esta é a pergunta que muitos investidores nos fazem. A nossa opinião é muito clara, não há dúvida que o setor irá sofrer um grande abanão, mas isso não deve impedi-lo de investir. Tendo uma vasta experiência em ativos oportunistas e de valor acrescido, pensamos que a hora de investir pode muito bem ser agora – deixe-nos explicar: pode parecer imaturo apoiar investimentos de alto risco numa altura onde a instabilidade nunca foi maior, mas digamos que quer investir num terreno ou num projeto do zero. Se o projeto levar cerca de 3 ou 4 anos a ser concluído, estará a olhar para 2024 – por essa altura, estima-se que a economia já começou novamente a normalizar, e a alavancagem resultante de ter um ativo totalmente novo, altamente sofisticado e capaz no mercado será suficiente para gerar grandes retornos e pô-lo no mercado a valores altos. Essa é a mesma filosofia que um pequeno número de investidores teve com a crise de 2008, e foram esses mesmos indivíduos que foram chamados de "loucos". O que sabemos é que a maioria deles tornaram-se referências do mercado imobiliário depois do seu retorno reforçado alguns anos depois.

Frase para continuar na parede

Fotografia por Clemens van Lay no Unsplash

Além disso, um ponto muito importante a sublinhar é a necessidade do uso da tecnologia nos seus investimentos futuros. Agora, mais do que nunca, a experiência do utilizador está de várias formas relacionada com o bem-estar do utilizador. Assim como a indústria automóvel, se os seus carros não possuem um sistema de entretenimento bom, intuitivo e capaz, fica a perder em grande. A domótica e a presença de novas tecnologias na renovação dos ativos são fundamentais, e isso irá ajudar ainda mais na valorização e no retorno futuro dos investimentos.

Acreditamos que não há grande dinheiro para se fazer quando tudo está bem. É nos tempos difíceis que investimentos de classe mundial são feitos. Ninguém será lembrado pela sua prestação num cenário quase perfeito, mas sim como conseguiram chegar ao topo numa altura em que tudo parecia desafiar o seu sucesso. Estes, são os verdadeiros Especialistas do Imobiliário.

E mais uma vez, Portugal sai com vantagem de tudo isto depois de atravessarmos esta contenção económica, e comparativamente ao resto do mundo (em especial à Europa e os países emergentes), por meio das nossas novas infraestruturas e instalações hospitalares, criamos condições para o bem-estar do turismo.